
E em Brasília ...
O tempo está fechando cada vez mais!!!
Foto: Luiz Geremias - coleção núvens, do céu da capital nacional. macavenco.blogspot.com
O prêmio corre nas quartas e sábados e a fezinha como faz a maioria dos brasileiros também ocorre nos locais mais longínquos, mas de uma maneira diferente. – É de dez milhões, grita o velho que pode ser comparado a um mercador de sonhos. O que dá para fazer com essa quirera, ele indaga aos que andam pela praça cercada de barcos, canoas e cachorros.
Em Guaraqueçaba é assim. O sujeito pega um volante, escolhe os números, sonha com a riqueza, escreve o nome no papelzinho, sonha novamente, paga – com um pedagiozinho – e o entrega para “seu” Gomes, que já rodou meio mundo e hoje é o jogador oficial da ilha, cercada por terra e mar.
Isolada do mundo, num lugar paradisíaco, cercada por pobreza e alegria ímpar, os moradores também se dão ao direito de sonhar. Principalmente o aposentado nordestino Gomes, que vai a Paranaguá duas vezes por semana com o chamado barco de linha que leva duas horas e meia para chegar.